Tragédia recente movimenta o mercado de extintores que aponta algumas conquistas na produção e manutenção nos últimos anos
Momento importante para o mercado brasileiro de extintores. Tragédia recente e normas em processo de revisão e consulta pública fazem com que este seja o período ideal para falar sobre o produto em todo o seu processo: produção, distribuição, inspeção e manutenção. Equipamento fundamental em qualquer tipo de edificação, nem sempre ele foi da forma como o conhecemos. “O médico alemão M. Fuchs inventou, em 1734, bolas de vidro cheias de uma solução salina destinadas a serem atiradas ao fogo para extinção. Já o moderno extintor de incêndio automático foi inventado por um militar inglês, capitão George William Manby, depois de ter presenciado um incêndio, em 1813, em Edimburgo que começou no quinto andar de um edifício, no qual as mangueiras não alcançavam devido à altura da edificação. Nos dias de hoje, tal equipamento é de suma importância para as organizações, pois além de proteger seu patrimônio estrutural, protege seu colaborador e cliente, atuando de forma eficiente no princípio de incêndio”, explica Rodrigo Bertollo Morales, sócio-diretor da Brava Sistemas, de Porto Alegre/RS.
PRINCÍPIO
Atacar o incêndio em sua origem é o objetivo principal do extintor. “Sabe-se que as chances de êxito no controle e combate a um incêndio estão diretamente relacionadas com a possibilidade de uma intervenção nos primeiros instantes. Neste sentido, os extintores são equipamentos fundamentais no conjunto da proteção contra incêndio na medida em que constituem recurso aplicável para intervenção inicial”, destaca Alexandre Rava de Campos, diretor da RCC, de Porto Alegre/RS. João Daniel Xavier, engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho, da Casa dos Extintores Ltda, também de Porto Alegre, e diretor técnico da Astec/RS (Associação Técnica Sul Brasileira de Proteção contra Incêndio), segue o mesmo raciocínio e alerta para as consequências da falta do extintor. “É o primeiro equipamento a ser usado no combate às chamas. Sua falta determinará, certamente, a perda do controle das chamas, com resultados desastrosos que advêm deste ocorrido”, cita. Para Diogo Munhoz Júnior, engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho, da Munhoz Extintores, de São Paulo, evitar tragédias também é papel fundamental, tornando-o equipamento compulsório. “Os extintores têm papel fundamental para evitar tragédias, impedindo que princípios de incêndio tornem-se incontroláveis e devastadores. É tão importante que se trata de um item obrigatório em qualquer empresa ou edificação”, alerta.
A praticidade de manuseio torna-o mais importante ainda para o princípio do sinistro. “São práticos e rápidos para serem utilizados pelos próprios ocupantes dos edifícios em princípios de incêndio. Aí que consiste a sua grande eficiência e aplicabilidade”, diz José Carlos Tomina, superintendente do CB 24 (Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio) da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Luiz Paulo de Souza, da Resil, de São Paulo, concorda que o extintor é importante para o princípio de incêndio, desde que esteja em perfeitas condições. “Para isto é fundamental verificar sempre a validade do extintor, verificar o ponteiro no indicador de pressão que não deve estar na faixa vermelha e nunca fazer testes de acionamento, pois feito isto o extintor não terá a mesma precisão em caso de uso com urgência” diz. Já para o coordenador da Comissão de Estudo de Extintores de Incêndio do CB 24, Hector Abel Almirón, para o sucesso do objetivo, que é a extinção do princípio de incêndio, é fundamental ter o extintor adequado nas proximidades do início do fogo e saber usá-lo aproveitando sua máxima capacidade extintora.
Fonte: Revista Emergência_Edição 6/2013_ http://www.revistaemergencia.com.br/edicoes/6/2013/A5yA